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A semana foi rica em termos de experiências ecléticas.

Na Segunda promovi uma discussão sobre Propósito numa instituição da qual faço parte desde 2009 e da qual administro e administrarei as atividades até setembro de 2017

Na Quinta participei de uma plenária com uma palestra de um Engenheiro e também Rabino, radicado no Rio de Janeiro e cujo tema foi Pertencimento e Protagonismo. Um conteúdo profundo, filosófico, enriquecedor e muito instigante.

Na Sexta estive em uma reunião mais fechada de outro grupo do qual participo a anos e que contou com um bate papo com um Economista e Jornalista renomado cuja abordagem foi o atual momento do Brasil e o que esperar nos próximos anos do ponto de vista Econômico e Político. Esse cidadão sênior (no sentido de sabedoria) já foi correspondente de importantes e respeitados veículos de comunicação no país e no exterior e hoje se dedica a ajudar empresários e conselhos de administração a traçar seus rumos estratégicos.

Já me dava por satisfeito com os aprendizados da semana, mas ainda tinha mais por vir.

Sábado tinha convite para uma trilha de moto, uma de minhas paixões, mas era a festa de aniversário da minha filha mais velha no prédio, então me voluntariei para ajudar na decoração, “leia-se encher e grudar bexigas no teto”, pegar o bolo, enfim auxiliar naqueles infindáveis preparativos de última hora.

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La estava eu, Sexta à noite procurando algo interessante para assistir, preferencialmente algo que não exigisse muito dos meus neurônios, quando li o título: Harley & the Davidson’s…

Nunca curti a marca, nunca tive vontade de ter uma e sinceramente até então tinha um certo preconceito. Talvez isso tudo tenha se originado pela minha preferência e vivencia pela modalidade “Off Road” e pelo fato da vida toda ter ouvido comentários pejorativos como: ‘penteadeira’ em alusão ao exagero de certos adornos que muitos adeptos da Harley usam em suas motos.

Por outro lado, sempre ouvi dos defensores da marca que ter uma Harley é um estilo de vida.

O tal documentário contava detalhadamente a história e o surgimento da empresa, da briga com a sua concorrente direta, a Indian e de todos os percalços e oportunidades pela qual a HD passou. A criatividade em se lançar em mercados novos criando modelos customizados atendendo por exemplo ao exército americano durante a 1ra. guerra mundial, aos correios, entre outros segmentos. A inovação em serviços, oferecendo treinamento em manutenção aos soldados e revendas. A audácia de largar circuitos de corrida patrocinados pela associação de fabricantes, realizados nos motódromos ovais fechados e que eram mais tradicionais para investir numa categoria sem os muros de contensão em madeira e em espaço aberto. Tudo isso sem contar a ideia genial de criar clubes de admiradores e fãs da marca capitaneados por pilotos estilo pop star e a oferta de cerveja grátis para atrair cada vez mais público a nova modalidade das corridas a qual a empresa aderiu.

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Uma aula de história, de empreendedorismo, de resiliência, foco e de como é importante perseguir um sonho. A trama teve lances sórdidos, mas também geniais e aos poucos meu preconceito foi sendo desconstruído dando lugar a admiração e entendimento.

Por mais curioso que possa parecer o tema da minha reunião de segunda, Propósito, os proferidos pelo Engenheiro Rabino, Pertencimento e Protagonismo e até parte das previsões mercadológicas do Economista Jornalista estavam de uma forma ou de outra retratados e entrelaçados no contexto do documentário como se fossem parte de um quebra cabeças em fase de construção.

A frase “ter uma Harley é um estilo de vida” começou a fazer muito mais sentido para mim e o vídeo abaixo embora de 2013 retrata isso de uma forma bem interessante.

É impressionante como muitas vezes a ignorância nos cega e mais impressionante ainda é observar como gênios do marketing e da comunicação conseguem transformar opiniões, gerando desejos, usando de forma inteligente a mídia mesmo que em canais fechados.

Estou muito curioso pelo próximo episódio de Harley & the Davidson’s que vai abordar a era em que a gestão deixa de ser 100% dos criadores da empresa com participação de capital japonês, mesmo período em que declinam uma parceria com a Ford, e mais ainda em saber se em algum momento da vida vou me render ao estilo Harley de ser.

Seja lá como for estou feliz por ter aberto a cabeça e agregado um pouco mais de conhecimento a minha bagagem.

Boa semana e até breve.

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