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Da despedida da amante à alma lavada

Quarta feira, 02 de março e cá estou ainda tentando entender a motivação da repercussão do último post feito a menos de 48 horas e que até o presente momento teve 446 visualizações versus os 286 do segundo mais lido. Meu palpite é que tem muito a ver com o título.

Mas, é hora de mudar de tema e botar o foco em outro assunto.

Desde metade de janeiro quando me desliguei do último projeto profissional de tempo integral tenho ensaiado voltar a me exercitar fisicamente. Acho que a proximidade entre as festividades de fim de ano e as do rei momo, somados ao mau humor nacional institucionalizado colaboraram para que eu retardasse essa atividade.

Segunda feira 22 de fevereiro aproveitei um daqueles rompantes típicos de início de semana e empurrei meu corpo rua afora para dar uma corrida. Prefiro correr na rua do que na esteira.

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Na rua tem mais vida, as coisas pulsam, é mais vibrante e te obriga a estar mais atento devido aos carros e toda a atividade inerente, inclusive potenciais assaltos. Fiquei satisfeito com a performance afinal quando havia parado de correr há meses atrás conseguia dar 5 voltas no percurso em aproximadamente 23 minutos e agora dei 3 em 20 minutos. Muito o que melhorar, mas considerando os exageros e o recente sedentarismo estava ok.

Mas hoje o prazer foi muito maior. Eram 16:30, não tinha nenhuma reunião agendada, já havia dado encaminhamento em todos as atividades profissionais e pessoais e não havia mais nada de importante a ser feito. Olhei pela janela e vi que uma chuva estava se armando. Pensei: Vou antecipar a corrida antes que a chuva caia e depois retomo as atividades, se é que vai surgir algo que não possa esperar até amanhã.  Logo surgiram comentários para tomar cuidado com a chuva pois o piso fica mais escorregadio…, mas decidi ir mesmo assim. A preguiça tinha dado lugar a disposição e a cabeça estava focada e querendo aquela atividade. Deve ser algo parecido com a sensação do atleta profissional que treina para superar seus oponentes, melhorar suas marcas, mas mais do que isso, se desafiar e superar constantemente.

Na metade da primeira volta, bingo! pingos grossos mas esparsos e de repente caiu uma chuva torrencial que mal dava para enxergar 10 metros à frente. Uma ducha gelada, pesada, mas muito gostosa.

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Pensei como seria bom se todo aquele volume de água pudesse ser canalizado para os nossos reservatórios e reaproveitado para o consumo futuro. Quanto desperdício! Afastei logo o pensamento pois estava quebrando a magia do momento e fiquei correndo e só curtindo a água e a música que saia pelo fone de ouvido plugado ao celular. Por sorte havia me precavido e embalado o documento e o celular num saco plástico.

Acho que entrei em Alfa, não na Alfa FM….

Quando dei por mim, a chuva havia acabado, minha roupa “dry fit” estava bem menos pesada e mais seca e estava terminando a quarta volta com a alma literalmente lavada. O tempo do percurso a essa altura não tinha a mínima importância, mas melhorei em comparação a semana anterior. Evolução natural de um ato repetido.

O que é bom para o corpo e para a mente deve ser perseguido. Ser dedicado e assumir riscos é muito saudável.

Mal posso esperar para correr novamente.

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Boa semana e boa reflexão.

(*) Apenas para registo não estou alheio ao momento histórico que vivemos em nosso país, motivo pelo qual decidi manter uma pauta apolítica e uma agenda positiva neste post.

 

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