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Quem me conhece sabe que sou um crítico do nosso sistema educacional. Repito incansavelmente que o modelo decoreba esta furado. Até hoje tenho dificuldade em compreender os motivos pelos quais nós tivemos e nossos filhos ainda tem que se ocupar de estudar tanta coisa que na pratica do dia a dia não agrega em absolutamente nada.

O mundo mudou brutalmente e por mais tecnologia que exista na sala de aula me parece que raros são os casos de escolas que se ocupam em preparar pessoas e cidadãos melhores além de mais competentes. Pessoas felizes e que sabem se relacionar com outras pessoas de forma aberta, clara, franca e fraterna, sem prejuízo do lado profissional.

Entendo que a repetição é o caminho do aprendizado, mas sinceramente eu preferia ter tido mais trocas de experiências pessoais e bate papos sobre a vida do que ter decorado a tabela periódica na aula de química. Jamais, nos meus 50 anos, ter decorado a tal tabela me serviu para algo. De mais a mais entender é melhor do decorar não?

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Abrir a cabeça, ter acesso e discutir assuntos e conteúdos variados deveria pelo menos em tese ajudar no crescimento e na formação dos estudantes. Como consequência também na definição e escolha do que eles gostam ou não, e por fim na busca e desenvolvimento de competências afins.

Entendo que por trás do ensino tem todo um modelo social envolvendo tradição, valores, mas será que o caminho não é mais simples? Será que o ato de ensinar a pensar e discutir temas mais práticos não seriam uma alternativa?

Minha escrita parece radical e reconheço que o atual modelo não é de todo negativo, há de se levar em conta ainda que um outro extremo talvez não seja a solução. Penso que há de se pensar e discutir um modelo novo, híbrido, equilibrado e flexível. Um modelo adequado a um mundo em constante transformação.
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Por outro lado será que nós pais face a uma oferta de ensino revolucionariamente diferente teríamos coragem de pagar pra ver? Tenho algumas dúvidas e me vi confrontado com este tema recentemente ao ler o post abaixo recebido de um amigo. Por mera coincidência ao recebê-lo, as meninas estavam em período de provas e confesso ter ficado envergonhado por observar que minha atitude é a de cobrar e julgar justamente pelos resultados de um sistema no qual pouco acredito e que tanto pichei acima. Hora de repensar a educação….

Carta de um diretor de escola em Cingapura para os pais antes da semana de provas:

Prezados Pais,

A semana de provas está para começar. Eu sei que vocês estão esperando que seus filhos se saiam bem.

Mas por favor, lembrem-se de que, dentre os estudantes que estão sentados ali para fazer a prova, há um artista, que não precisa entender de matemática.

Há um empreendedor, que não se importa com história ou literatura.

Há um músico, cujas notas em química não importam.

Há um esportista, cujo preparo físico é mais importante do que a física… assim como a escolaridade.

Se seu filho obtiver as melhores notas, ótimo! Mas se não, por favor, não tire dele ou dela sua autoconfiança e sua dignidade.

Diga-lhes que tudo bem! É só uma prova. Eles foram talhados para coisas muito mais importantes na vida.

Diga-lhes que, independentemente de sua nota, você os ama e não os julga.

Façam isso, por favor. E quando fizer, veja-os conquistarem o mundo. Uma prova ou uma nota baixa não vai lhes tirar os próprios sonhos ou seu talento.

E por favor, não pense que médicos ou engenheiros são as únicas pessoas felizes no mundo.

Com carinho,

A diretoria.

Espero que o conteúdo acima tenha trazido um pouco de luz ao tema modelo de educação não só dentro da escola, mas principalmente e também dentro de casa.

Ótima semana e até a próxima.

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