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Investindo nos pontos fortes

Na escola nunca fui muito bem em matemática. Sempre tirei o suficiente para passar de ano sem recuperação, mas de longe era uma matéria que me inspirasse. Meu pai, economista e ex executivo de multinacionais, tendo ocupado cargos de Diretor Administrativo Financeiro, (na época não havia a sigla CFO), Presidência, ficava de cabelo em pé com essa dita deficiência. Hoje o cabelo dele já não fica mais em pé, até porque cabelo numa certa idade passa a ser um item de luxo.

Na vida corporativa minha diferença sempre foi o tal do Excel. Planilhas, fórmulas…Navego bem em ler, interpretar e sei o que quero para ter uma planilha de controle, mas montá-las ?! para mim um pesadelo. Muitos devem se perguntar como um cara que não entende de Excel e cujo passado matemático é medíocre pode ter ocupado posições de gestão, e mais, ter passado boa parte de sua vida montando estratégias de áreas comerciais onde números e fórmulas são imprescindíveis?

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Meu segredo sempre foi me cercar de gente competente, de confiança e melhor do que eu em coisas distintas das quais considero meus pontos fortes. Mas não basta ter estas pessoas do seu lado. Há de se dar um passo além, estimulando-as, ouvindo verdadeiramente suas opiniões, dando autonomia e mantendo controle sobre as tarefas designadas a elas. Daí talvez o sucesso em ter montado equipes tão boas e que me ajudaram de uma forma ímpar com meu “track record” corporativo.

Meu ponto aqui é que não é preciso ser bom em tudo. Dedicar parte expressiva do tempo e energia no que você é melhor pode ser uma estratégia bem interessante.

Recentemente e em duas situações diferentes pude constatar que há uma corrente de pensamento que se move nessa direção.

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A primeira foi numa vivência de autos sabedoria da qual participei no início de julho, o Hemera, em que um dos facilitadores discorreu sobre a trajetória de esportistas de expressão, caso do mito mundial do Golf, Tiger Woods. O ponto subliminar foi que o golfista era ruim em jogadas de determinada natureza, mas que a frequência com que estas jogadas ocorriam durante um campeonato não eram suficientes para causar problemas críticos em sua pontuação e, portanto, tirá-lo do topo do ranking. Isso posto ele se dedicava apenas 20% a treinar as tais jogadas e manteve os 80% dos esforços em melhorar aquilo no que era acima da média dos demais competidores.

A segunda foi num artigo da Neurocientista Dra. Carla Tieppo, autora que tenho lido com frequência para enriquecer meus estudos e em que pincei a seguinte frase: …e, assim, aproveitar ao máximo esses pontos fortes e direcionar uma parcela menor do seu tempo para corrigir fraquezas.

Quanto tempo e energia você tem gasto com seus pontos fortes, mas antes de responder a essa pergunta, você tem claro quais são realmente seus pontos fortes e suas limitações?

Fica a reflexão e como sempre, recebam meus votos de uma excelente semana com muito boas vibrações.

 

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