Kiss em inglês significa beijo e é também o nome de uma banda de rock famosa que fez muito sucesso na década de 80 cujos integrantes traziam seus rostos pintados não revelando a identidade. A banda ainda está na estrada e seu vocalista de longe sempre foi o mais excêntrico, tendo como marca registrada uma língua enorme que faz questão de mostrar sempre que pode enaltecendo sua irreverência.
Embora tanto o beijo quanto a banda sejam muito bons, pelo menos no meu ponto de vista, o KISS do qual vamos tratar hoje é outro.
KISS = Keep It Simple, Stupid!
Quantas e quantas vezes face a um problema ouvi de um ex-chefe a seguinte exclamação: – Liebert, aplique a teoria do KISS!… que traduzido ao pé da letra significa: simplifique, estúpido!
Por trás de uma frase que pode parecer para muitos como ríspida, e de certa forma o é, especialmente dependendo de como e por quem é proferida, existe um grande aprendizado.
Não complique!
Por mais grave que possa parecer um problema, procure alternativas concretas e simples.
O velho chavão, preto no branco e não aquela coisa meia mozzarella meio portuguesa, o tal do do contornar.
Aliás, e já tomando um breve atalho. Tenho um amigo Argentino, Ex CEO de uma multinacional Americana no Brasil que certa vez disse algo muito profundo e contundente. Era algo mais ou menos assim: “O Brasil talvez seja um dos únicos países do mundo que usa o termo e aplica o conceito de contornar um problema…”, e seguia, “para mim um problema se enfrenta, se resolve, se ignora mas nunca se contorna”.
O ato de tentar contornar não me parece a melhor forma de aplicar o KISS, ao contrário, de certa forma enaltece aquele lado maroto do jeitinho. Sabemos bem que o jeitinho funciona, mas ele não deve nem pode pautar a conduta para os problemas de uma empresa, tampouco nossos problemas pessoais. O jeitinho normalmente funciona na exceção e não como regra.
Tenho lido cada vez mais material que preconiza a simplicidade, tanto na esfera empresarial quanto no pessoal, o que me leva a acreditar que a teoria do KISS é mesmo muito importante quando bem usada.
Muitas pessoas têm questionado se um sem fim de processos, procedimentos, indicadores geram eficiência. Não tenho dúvidas de que pontos de controle são necessários, regras também, mas será que não estamos exagerando na dose, perdendo eficácia, performance, gerando burocracia e profissionais reféns e infelizes?
Gostaria de deixar essa reflexão na pauta, e mais do que isso, sugerir que aproveitem ao máximo os três KISS (Beijo, Banda e Simplicidade).
Boa semana e até a próxima.
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