O post dessa semana será curto e o intuito é de promover uma troca de ideias, “insights” e experiências entre os leitores do conteúdo abaixo.
Umas das inquietudes que tem rondado a minha cabeça ultimamente se caracteriza por uma enorme dicotomia.
Porque grandes corporações que atraem e reúnem as melhores cabeças, profissionais e talentos se tornam letárgicas?
Corporativismo, politica, gestão inadequada, falta de controle, excesso de processos, liderança fraca, desengajamento da base com a cúpula, agendas ocultas, incompetência, planejamento demasiado e pouca ação, um misto de tudo isso e mais um pouco?
Apenas para enriquecer o tema darei a seguir a definição da palavra letargia bem como um exemplo de letargia corporativa bastante simples, que não envolve estratégia, mas que afeta custos, e que multiplicado pode ser uma vertente de perdas significativas para uma corporação.
(*) Letargia (do latim lethargia: lethe — esquecimento e argia — inação) é a perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica, ainda não identificada, levando o indivíduo a um estado mórbido em que as funções vitais estão atenuadas de tal forma que parece estarem suspensas, dando ao corpo a aparência de morte.
O paciente jaz imóvel, os membros pendentes sem rigidez alguma, a respiração e o pulso ficam praticamente imperceptíveis, as pupilas dilatadas e sem reação à luz. Há casos em que o paciente, apesar da inércia absoluta, tudo percebe e compreende, mas se encontra totalmente impossibilitado de reagir de qualquer forma. Por motivo da atividade psíquica conservada durante esse estado letárgico, dá-se o nome de letargia lúcida.
Antigamente, devido a falta de recursos da medicina, havia casos de pessoas dadas como mortas e que, posteriormente, no caso de exumações, verificou-se que o cadáver se encontrava em posição diferente da qual fora colocado no caixão ou de tampas arranhadas, sugerindo que tais pessoas foram enterradas vivas durante um estado letárgico. Atualmente a medicina reconhece como mortas somente as pessoas que não apresentem nenhuma atividade cerebral, o que impossibilitaria tal fato. Assistindo ao filme “Tempo de Despertar” pode se ter uma ideia clara de exemplo de letargia.
Da definição acima que tem um viés muito voltado à visão médica e considerando o ser humano, nos atenhamos principalmente ao termo inércia para o nosso contexto.
Exemplo: Na década de 80 devido ao excepcional desempenho, o Presidente da unidade Brasileira de uma Multinacional Inglesa fora convidado para ocupar outra posição importante na casa matriz em Londres. Aceito o desafio, ficou por lá por aproximadamente 5 anos onde encerrou sua carreira formal e bem-sucedida retornando ao Brasil. Com sua volta e a aposentadoria em vista mudou se de São Paulo para uma cidade do litoral Fluminense e começou a prestar serviço para algumas unidades da antiga empregadora, porém de forma autônoma.
3 anos depois que havia se mudado e a despeito de vários comunicados sobre a mudança de endereço, o executivo ainda recebia correspondências da casa matriz no endereço antigo em São Paulo…
Teria ainda outros exemplos mais recentes, densos, pitorescos e importantes que comprometem não só os custos mas também a imagem de outras instituições , mas o objetivo aqui é tão somente o de me ater e desenvolver o tema do título.
Isso posto abro o espaço para os comentários que muito gostaria de receber para enriquecer os pensamentos e conclusões sobre os fatores que motivam a letargia corporativa em grandes empresas.
Muito obrigado e que tenham todos uma ótima semana.
(*) Bibliografia – Wikipedia
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