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Você sabe quem é e quais são seus principais valores?

A pergunta parece estranha mas penso que poucas pessoas conseguem responder isso de forma simples, direta, segura e rápida.

O assunto é mesmo polêmico e profundo, mas você já pensou que a confusão e dificuldade em responder ás perguntas acima pode ter haver com o fato de que num só dia somos diversas Personas?

Para ilustrar um pouco melhor a última pergunta acima, importante contextualizar o sentido aqui dado a palavra Persona.

No caso deste texto estamos tratando do Persona correlato às máscaras teatrais que representam personagens e não o Persona pertencente ao conceito da psicologia analítica.  Isso posto quero aprofundar ainda mais minha provocação.

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Será que cada Persona que representamos no decorrer do dia ou da vida tem princípios e valores próprios?

Confesso que vivo às voltas com essas perguntas e quanto mais penso me parece chegar perto da minha resposta. A percepção que tenho é a de que a despeito das Personas que possamos ser ou representar, nossa essência é única, ou seja, a casca muda, mas o que está lá dentro no âmago, no íntimo é um só.

Exemplo: Quem me conhece na vida corporativa e somente nela, possivelmente estranharia ao me ver na rua no fim de semana. São “outfits”, posturas, abordagens e linguagem diferentes, claro salve exceções de eventos e compromissos sociais que exijam o meu Personna de bom moço e comportado. Mas isso não muda a minha essência e os meus valores, são apenas cascas aparentemente antagônicas, não que eu seja um bipolar depravado, mas de fato percebo muitas mudanças ao menos externas.

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A primeira vez que tomei contato consciente deste tema foi há uns 8 anos atrás quando fiz um curso promovido pela Psicóloga, atriz e diretora de teatro Nany di Lima cujo título era Personna, com dois n´s.

Curso talvez não seja o termo apropriado, pois haviam atividades práticas muito interessantes e que me fizeram descobrir o quanto representamos inconsciente e conscientemente no dia a dia.

Pesquisando um pouco mais sobre a Nany já que perdi o contato com ela meses após nossas atividades vi num blog de divulgação do Personna a seguinte citação que traz muita luz ao tema.

O mundo todo é um palco. Todos os homens e mulheres são atores e nada mais. Cada qual cumpre suas entradas e saídas, e desempenha diversos papéis em sua existência.”  – William Shakespeare

Ok Mr. Shakespeare mas como tratar as situações de pessoas querendo viver a vida do outro, muitas vezes motivados pelo olhar unilateral do resultado da grama verde do jardim desconsiderando todo o trabalho para que ela chegasse nesta condição, ou seja, aquele olhar míope de considerar apenas o bônus e não o ônus?

E como tratar ainda daquele lado B, sombrio, pervertido ou escuso que todos temos lá dentro mas temos vergonha de admitir?

Bom, chega de provocações e de perguntas, afinal o objetivo mais uma vez foi de suscitar reflexões e trazer à tona mais um tema relevante e espinhoso sobre o qual pouca gente gosta ou tem coragem de escrever.

Curta esta semana mais curta e até breve.

 

 

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